Ontem, à noite, no Museu dos Transportes, em Coimbra.
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Era menina para ficar ali a noite toda, mas eles foram-se embora. Não me deixaram.
Começou da melhor forma: em Coimbra (absolutamente suspeita, confesso). Num espaço cheio de negro que rapidamente se vestiu pela voz de Mitó, o dedilhar da guitarra portuguesa de Varatojo, a serenidade de João Aguarela e os movimentos absolutamente contagiantes das baquetas de Paulo Martins. Intenso, muito intenso. Feito de coisas novas e velhas, mas todas elas envolventes.
O momento alto do concerto foi mesmo o seu final com todos nós já a extravasar de emoção, palmas e mais palmas, e muitas vozes tímidas a entoarem a letra da “Desfolhada” de Simone de Oliveira.
Memorável e a repetir (se possível, em Coimbra, numa sala melhor).
É bom tê-los de volta.